sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Terra que não treme

Somos felizardos, sim, todos nós filhos desta “terra que não treme”।


Novos Baianos
Terra que não treme (Paulinho Boca de Cantor - Galvão - Pepeu Gomes - Moraes Moreira)

Uma terra existe e não há quem possa torná-la feia ou triste,
A nossa terra é nossa
Firme a toda prova, mesmo quando geme é terna e sempre nova,
Terra que não treme
O mundo muda, o mundo vira
E aqui não permanece a ira
Mentira não impera não
Pra cima num clima quente, fazendo amor e barulho mergulho no humor dessa gente,
Dessa Nação continente
Brilha no céu a lua cheia,
Iluminando os coqueirais e o corpo de toda morena pelos sertões e litorais
Feliz de quem a descobriu
E pra quem não, devo dizer!
Mas que prazer, seu nome é Brasil!
Mas que prazer, meu nome é Brasil!


Na música acima os Novos Baianos como em muitas composições deles, louvaram o país por seus mais nobres adjetivos, exaltando um de seus grandes privilégios que é o fato de o Brasil estar quase eximido dos tremores de terra que provocam catastróficos resultados em muitos lugares pelo mundo. Assim como acontece com os nossos vizinhos Chile, Equador, Peru...
Não se pode afirmar, no entanto, que o território brasileiro seja totalmente imune aos tremores, visto que ainda existem poucos estudos profundos acerca do assunto. Mas é certo que sua localização é vantajosa. A Nossa Terra está distante das bordas das placas tectônicas. Ela está no centro da placa tectônica sul-americana, por isso acredita-se ser muito remota a possibilidade de haver grandes catástrofes naturais.
O fato é que poucos abalos sísmicos ocorreram por aqui. E os que ocorreram foram só reflexos daqueles com epicentro (foco) próximo. Ali no Pacífico, no Atlântico ou aqui pelos arredores do território Sul-Americano.
Estas anomalias naturais são geradas, principalmente, por choques entre as placas, que se movimentam constantemente. No nosso Brasil, como já ocorreram algumas vezes, e como já dito anteriormente, chega apenas os reflexos desses choques que acontecem próximos daqui, provocando tremores quase “insignificantes”, como foi o caso do último, que ocorreu em abril deste ano. “Insignificantes” assim entre aspas, porque eles deixam, sim, pequenos rastros como rachaduras em edificações e pessoas um pouco assustadas, mas nada de sobrenatural, nada de grandes traumas. Nem físicos, nem psicológicos.

É indiscutível que somos sortudos em sermos filhos desse Continente chamado Brasil. Dentre outras maravilhas, pelo fato de estarmos “livres”, mesmo que no meio das aspas, das catástrofes naturais.

A referida música que eu considero, além de outras, uma perfeita “MATERIALIZAÇÃO” DO MODERNISMO BRASILEIRO*** consegue, da maneira mais sutil que eu já vi mandar um foda-se (desculpa a expressão, mas é pela força dela) ao externo, colocando em seu mais alto patamar a nossa terrinha Mãe.
Os Novos Baianos dizem em berros delicados que ninguém pode tirar a dignidade do Brasil, que é um país lindo e feliz independente de seus problemas. Uma Terra afetuosa que se renova a cada instante. Terra que supera as dificuldades, as vezes até com humor. Os autores acentuam que o país é belo de norte a sul; que feliz é Pedro Álvares Cabral, que teve o prazer de descobrir esta terra maravilhosa e também todos aqueles que têm a enorme satisfação de conhecê-la.
O ápice da canção é quando depois de exaltar aos extremos as virtudes de seu berço, Moreira diz que além de tudo o Brasil é uma terra que não treme, fazendo referência exatamente ao fato de o país ser munido da vantagem de estar situado no centro de uma placa tectônica. Localização essa que "impede" a ocorrência de grandes tremores de terra no território.
Saliento que a música é filha de uma década em que estudos sobre abalos sísmicos estavam ainda engatinhando. Mas os Novos Baianos exaltavam essa terra já com a certeza de que ela é única e incomparável. Além de ser nossa, SÓ NOSSA.

Aproveitem as maravilhas dessa Terra. Defendam-na como se lutassem por suas vidas. Lembrem-se que aqui temos o coração do mundo. E exaltem como se fosse filha de vossos ventres essa esplendorosa Terra que não treme.

*** Modernismo Brasileiro é aquele movimento que teve início no auge da Belle Époque e que, em linhas gerais, finalmente percebeu que o Brasil copiava os estrangeiros e "resolveu" fazer coisas boas (arte) com aquilo que nós tínhamos de melhor, usando elementos regionais e avessos aos estrangeirismos.


Deixo aqui o por quê da autodesignação de uma "filha da terra que não treme": simplesmente, UMA BRASILEIRA, que como tal, ama sua pátria. Até fala mal, quando necessário, mas inadimiti que eXtranhos (assim com x mesmo, alusivo a externo) o façam.

abs.

8 comentários:

mim disse...

Deus se não for brasileiro tem um carinho muito grande pelo país.

Child N' Couture disse...

ai tu só me dá orgulho.
isso é cum cala-a-boca pra tds q um dia duvidaram de te hollinha, te amo.

Unknown disse...

amiga mt bonito mesmo... torço mt pelo seu sucesso
bjuss
te amo

Igor Weis disse...

É isso aí,
Viver é acreditar, ter fé, amar...
Como diz um amigo: "A vida dá mais do que tira", e nessa perspectiva eu vejo o nosso país, que apesar dos problemas, sempre nos proporciona mais alegrias e encantos do que infelicidades.
Continue sempre escrevendo tuas idéias, sensaçoes e vontades, Pahola.
Parabéns!
Beijo.

Unknown disse...

Essa é a minha garota!!!
Te amo filha

Unknown disse...

Essa terra é abençoada, sem dúvida. Agora só cabe a nós, filhos "dela", tratá-la como tal.
ta mt bom o texto, o devaneio foi dentro do contexto, e você está de parabéns!
bjaoooo

Unknown disse...

Quem sou eu para fazer algum tipo de comentário!
Mas Papá parabéns pela iniciativa PRIMA!
Esta é mais uma ferramenta para expor todo o seu potencial.
Um super beijo

Brainbow disse...

holla! vc por aquiiiiiiiii